terça-feira, 2 de junho de 2009

Transtorno de Déficit de Atenção e/ou Hiperatividade


A hiperatividade e/ou déficit de atenção é um problema mais comumente visto em crianças e seus principais sintomas são desatenção (pessoa muito distraída) e hiperatividade (pessoa muito agitada). Para haver o diagnóstico desse transtorno, a falta de atenção e a hiperatividade devem interferir significativamente na vida e no desenvolvimento normal do sujeito.
Antes dos quatro ou cinco anos de idade é difícil fazer o diagnóstico, pois o comportamento das crianças nessa idade é muito variável, e a atenção não é tão exigida quanto na idade escolar. Mas mesmo assim algumas crianças desenvolvem o transtorno numa idade bem precoce. Em termos de gênero, o sexo masculino é quatro vezes mais afetado que o feminino.
Geralmente o problema é mais observado quando a criança inicia atividades na escola, quando o ajustamento à escola mostra-se comprometido, como notas baixas e condutas inadequadas.
Durante o início da adolescência o quadro geralmente mantém-se o mesmo, com problemas predominantemente escolares, mas no final da adolescência e no início da vida adulta o transtorno pode acompanhar-se de problemas de comportamento, problemas de trabalho e de relacionamentos com outras pessoas. Porém, no final da adolescência e início da vida adulta ocorre melhora dos sintomas na maioria dos casos.
Já existem inúmeros estudos em todo o mundo, inclusive no Brasil, demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário a fatores culturais, ou ao modo como os pais educam os filhos. Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibição do comportamento, isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados, pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento. O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores, principalmente dopamina e noradrenalina, que passam informação entre as células nervosas.
Em relação ao diagnóstico, este só pode ser realizado por um profissional de saúde capacitado, geralmente psicólogo, neurologista ou psiquiatra. Para que o diagnóstico seja efetuado é necessário que o sujeito apresente uma constelação de sintomas, por pelo menos 6 meses. Os sintomas devem ocorrer à maior parte do tempo durante as atividades, causando um impacto (prejuízo) significativo na realização das mesmas, em pelo menos dois contextos, por exemplo: em casa, na escola ou no trabalho. Alguns sintomas devem ter estado presentes antes dos 7 anos de idade, porém muitos indivíduos são diagnosticados depois.
Alguns sintomas de desatenção:
Frequentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras;
Com frequência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais, não chegando ao final das atividades;
Geralmente evita, envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante, como tarefas escolares ou deveres de casa;
Frequentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades;
É facilmente distraído por estímulos externos.
Alguns sintomas de hiperatividade:
Com frequência abandona sua cadeira em sala de aula ou em outras situações nas quais se espera que permaneça sentado;
Frequentemente no caso de criança, ela corre ou escala em demasia, em situações nas quais isso é inapropriado, em adolescentes e adultos, isso pode não ocorrer, mas a pessoa nos deixa uma sensação de constante inquietação;
Com frequência tem dificuldade para se envolver silenciosamente em atividades de lazer;
Frequentemente fala em excesso.
Dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas.

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