terça-feira, 23 de junho de 2009

STRESS e Trabalho


Nos dias atuais, torna-se quase impossível não existir um clima de pressão dentro das organizações, devido a competitividade das empresas frente as dificuldades existentes no mercado.

O clima de pressão resume-se, em relação ao empregador como: mercado recessivo; problemas com sindicatos trabalhistas; pagamentos; prazos; dívidas; acumulo de funções, dificuldade de comunicação com empregados; entre outros. Em relação ao empregado, pode-se dizer que o clima se constrói sobre cobranças excessivas de produtividade; responsabilidades fora do controle; mudanças tecnológicas e adaptação; medo de demissão entre outros. Cabe ressaltar que cada exemplo citado não é um fator isolado, esta sempre em relação a outros fatores, e de alguma forma o clima entre empregador e empregado esta interligado.

Juntamente com o clima de pressão, surge a vulnerabilidade dos sujeitos (empregador e empregado) ao estresse. Devido então, a dificuldade de evitar tais situações estressantes, torna-se fundamental para a qualidade de vida no trabalho, que os integrantes da organização aprendem a viver com este procedimento. Obtendo informações sobre o que é o estresse, como identificar em si os próprios sinais, e conseguir monitorar seu próprio nível. Com essas atitudes os sujeitos aprendem a lidar com as dificuldades encontradas sem se alterar excessivamente.

A maioria das pessoas lida com o estresse apenas quando já não tem controle das situações; quando se sente mal ou quando sua auto-estima está muito baixa. Ao se desconhecer que se sofre de estresse, o sujeito nada consegue fazer para combatê-lo. A partir da consciência do que é o estresse, e que se está com estresse, surge 90% de cura quando o estresse já esta instalado. A consciência torna-se determinante para o controle do nível do estresse, eliminando a maior parte das reações negativas ligadas a ele.

O estresse é considerado um grande problema, tanto para o empregador quando para o empregado porque ambos saem perdendo, desde questões financeiras até em qualidade de vida. A partir do estresse surgem conseqüências incontáveis, tais como, para efeito de exemplo, baixa produtividade, descontos por absenteísmo (faltas), decisões equivocadas, entre outras.

É de extrema importância e relevância o trabalho do Psicólogo na empresa, atuando no combate e na prevenção do estresse, pois além de proporcionar aos integrantes da organização informações e técnicas suficientes para aprenderem a lidar com situações indesejáveis, minimiza conflitos causadores do estresse e gerados por este.
Com uma melhor qualidade de vida no espaço ocupacional, tanto o empregador quanto os empregados satisfazem expectativas.

O professor e sua vulnerabilidade ao STRESS


O presente texto é continuidade do assunto de semana passada, porém, abordando um outro tema. Como havia comentado anteriormente, observa-se que nas ultimas décadas, as mudanças da sociedade, passaram a exigir do homem uma grande capacidade de adaptação física, mental e social. Essas mudanças e a necessidade de adaptação colocam as pessoas em frequentes situações de conflito, angústia e desequilíbrio emocional.

Com um olhar voltado a profissão do professor, nota-se que além de ensinar, este tem que manter o controle dos alunos em sala de aula, comparecer na instituição escolar em determinados horários, sem tolerância, e muitas vezes trabalhar fora da carga horária no qual foi contratado, por exemplo, nos finais de semana, corrigindo e elaborando atividades. Estão sempre disponíveis a críticas de alunos, pais, colegas de profissão, diretores, entre outros. Então, como algumas pesquisas já ressaltam, o ambiente escolar, devido a múltiplas variáveis como é o ensino, é um ambiente com uma tendência geral à ansiedade, tornando os professores especialmente vulneráveis ao estresse.

No Brasil, o estresse do professor está vinculado além de todos os fatores apresentados no parágrafo anterior, ao salário injusto, a precariedade das instalações de trabalho (ambiente físico da escola), elevado números de alunos por turma, acúmulos de turmas por dia trabalhado, mau comportamento dos alunos e falta de treinamentos adequados que possibilitam um contorno em tais situações.

O escritor Augusto Cury realizou uma pesquisa em nosso país, com professores da rede pública de ensino e destacou que 90% dos docentes apresentam sinais de distúrbios causados pelo estresse, como dores de cabeça, ansiedade, transtorno do sono, cansaço excessivo e déficit de memória e concentração.

Há um despreparo dos professores para se prevenirem do estresse. E nada esta sendo feito para reverter essa realidade! Ainda não há na rede pública e raramente na rede privada de ensino, serviços de Psicologia, que são necessários e urgentes para combater e prevenir o estresse causado na escola. A profissão do professor é extremamente importante e necessária à sociedade, mas a qualidade de vida e a saúde deste profissional são essenciais para que estas funcionem adequadamente. Com o estresse, o ensino e consequentemente a educação ficam comprometidos.

STRESS


As mudanças da sociedade, nas ultimas décadas, passaram a exigir do homem uma grande capacidade de adaptação física, mental e social. Essas mudanças e a necessidade de adaptação colocam as pessoas em freqüentes situações de conflito, angústia e desequilíbrio emocional. O estresse é uma relação entre o homem e o meio, que momentaneamente ou cronicamente ocasiona o desequilíbrio. Segundo algumas pesquisas, a mudança é um dos mais efetivos agentes que causam o estresse, dessa forma, qualquer mudança em nossa vida, boa ou má pode o provocar.


A intensidade do estresse ocorre de forma variável dependendo da intensidade do (evento ou mudança) que pode ir desde a morte de uma pessoa querida até pequenas infrações de trânsito. Situações boas também podem ocasionar o estresse, como férias, promoções profissionais, casamentos desejados entre outros. Os fatores estressantes podem variar amplamente quanto a natureza, indo desde a parte emocional, como frustração, ansiedade, até componentes de origem ambiental, biológica e física, como ruído excessivo, variações extremas de temperatura, problemas de nutrição e sobrecarga de trabalho entre outros.

Fisiologia do stress:

Frente a uma situação estressante, o córtex cerebral aciona um circuito cerebral localizado na parte do cérebro denominada Sistema Límbico, através das estruturas (amigdala e o hipotálamo) que controlam as emoções e as funções dos sistemas viscerais através do sistema nervoso autônomo. No estresse o principal hormônio liberado pela hipófise é o ACTH, que carregado pelo sangue provoca um aumento de hormônios corticosteróides. Estes hormônios possuem amplas ações sobre praticamente todos os tecidos do corpo, alterando o seu metabolismo.


Toda essa atividade cerebral são respostas do organismo e são normais em qualquer situação de perigo. Há um determinado nível de estresse que é normal e até importante para a defesa do organismo frente a tais situações. Por exemplo: frente a uma situação de assalto, reagimos e nos defendemos devido ao estresse que a situação nos proporciona. Porém, o excesso para o organismo passa ocorrer quando a atividade do cérebro, apresentada anteriormente, se torna constantemente repetitiva. Nestes casos, os sintomas são relativamente intensos, podendo manifestar a irritabilidade física, fadiga intelectual, impossibilidade de relacionamento, perturbação do sono, estados de ansiedade. Podem ainda apresentar os seguintes distúrbios: tremores, sudorese, enxaquecas, palpitações, taquicardia e hipertensão arterial. Surgem ainda, distúrbios constituídos de abstenção de contato social, predomínio de irritabilidade, impulsividade, perda de controle, o que faz surgir dificuldades no meio profissional e familiar.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Transtorno de Déficit de Atenção e/ou Hiperatividade


A hiperatividade e/ou déficit de atenção é um problema mais comumente visto em crianças e seus principais sintomas são desatenção (pessoa muito distraída) e hiperatividade (pessoa muito agitada). Para haver o diagnóstico desse transtorno, a falta de atenção e a hiperatividade devem interferir significativamente na vida e no desenvolvimento normal do sujeito.
Antes dos quatro ou cinco anos de idade é difícil fazer o diagnóstico, pois o comportamento das crianças nessa idade é muito variável, e a atenção não é tão exigida quanto na idade escolar. Mas mesmo assim algumas crianças desenvolvem o transtorno numa idade bem precoce. Em termos de gênero, o sexo masculino é quatro vezes mais afetado que o feminino.
Geralmente o problema é mais observado quando a criança inicia atividades na escola, quando o ajustamento à escola mostra-se comprometido, como notas baixas e condutas inadequadas.
Durante o início da adolescência o quadro geralmente mantém-se o mesmo, com problemas predominantemente escolares, mas no final da adolescência e no início da vida adulta o transtorno pode acompanhar-se de problemas de comportamento, problemas de trabalho e de relacionamentos com outras pessoas. Porém, no final da adolescência e início da vida adulta ocorre melhora dos sintomas na maioria dos casos.
Já existem inúmeros estudos em todo o mundo, inclusive no Brasil, demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário a fatores culturais, ou ao modo como os pais educam os filhos. Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibição do comportamento, isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados, pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento. O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores, principalmente dopamina e noradrenalina, que passam informação entre as células nervosas.
Em relação ao diagnóstico, este só pode ser realizado por um profissional de saúde capacitado, geralmente psicólogo, neurologista ou psiquiatra. Para que o diagnóstico seja efetuado é necessário que o sujeito apresente uma constelação de sintomas, por pelo menos 6 meses. Os sintomas devem ocorrer à maior parte do tempo durante as atividades, causando um impacto (prejuízo) significativo na realização das mesmas, em pelo menos dois contextos, por exemplo: em casa, na escola ou no trabalho. Alguns sintomas devem ter estado presentes antes dos 7 anos de idade, porém muitos indivíduos são diagnosticados depois.
Alguns sintomas de desatenção:
Frequentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras;
Com frequência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais, não chegando ao final das atividades;
Geralmente evita, envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante, como tarefas escolares ou deveres de casa;
Frequentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades;
É facilmente distraído por estímulos externos.
Alguns sintomas de hiperatividade:
Com frequência abandona sua cadeira em sala de aula ou em outras situações nas quais se espera que permaneça sentado;
Frequentemente no caso de criança, ela corre ou escala em demasia, em situações nas quais isso é inapropriado, em adolescentes e adultos, isso pode não ocorrer, mas a pessoa nos deixa uma sensação de constante inquietação;
Com frequência tem dificuldade para se envolver silenciosamente em atividades de lazer;
Frequentemente fala em excesso.
Dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas.