quarta-feira, 29 de outubro de 2008

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

ANÁLISE EXSTENCIALISTA DO LIVRO: VIDAS SECAS, DE GRACILIANO RAMOS


O existencialismo é uma filosofia clássica, consolidada, referência obrigatória para qualquer um que queira pensar a realidade humana. Utiliza uma ontologia (teoria do ser da realidade) elaborada a partir da dialética da objetividade com a subjetividade, e uma antropologia (teoria do ser do homem), que enfatiza a relação indivíduo/sociedade e coloca o homem como sujeito da história social, na justa medida em que é sujeito de sua história individual, ou seja, o existencialismo compreende a personalidade como resultante dos processos sócio-histórico de relações entre a materialidade, a cultura, a família, em fim, entre as relações sociais e sociológicas e a apropriação ativa realizada dessa realidade pelo sujeito, concretizando-se em sua “experimentação de ser”.

(VIDAS SECAS)

Fabiano, Sinhá-Vitória e os dois filhos formavam uma família, foram constituindo sua personalidade, com o decorrer do tempo, pois inicialmente (ao nascer) eram somente corpo/consiência (O corpo é o primeiro contato com o mundo, a consciência é a condição, inevitável, de estabelecer relações. Dessa forma, o sujeito é um conjunto de relações: com a materialidade que o cerca, com seu corpo, com o tempo, com os outros).

Um fator de grande importância é a temporalidade, pois a humanidade deles construiu-se pelas suas historicidades. A temporalidade é uma estrutura organizada nos três elementos: passado, presente, futuro. A dimensão psicológica caracteriza-se por ser resultante da síntese das três dimensões da temporalidade.

Provavelmente Fabiano e Sinhá Vitória, antes de casar tinham suas histórias de vida individuais, foram criados meio a famílias diferentes, com crenças diferentes, que possibilitaram a eles se humanizar ( Homem como ser-no-mundo: o homem só se humaniza por estar inserido em um mundo que lhe possibilita contornos existenciais. O homem encontra-se inserido em condições materiais, sociais, familiares, existenciais concretas e é no processo de apropriação dessas condições que constitui sua subjetividade, que imediatamente se objetiva, através de seus atos, seus pensamentos, suas emoções).

No decorrer do livro, percebe-se a diferença entre os dois, Sinhá Vitória apresenta ser um pouco mais “inteligente” que Fabiano, tanto que na fazenda na hora de acertar as contas, era ela quem fazia as contas para Fabiano levar ao patrão.

A forma que Fabiano falava, demonstrava que anteriormente seu convívio era com pessoas de pouco estudo, talvez sem nenhum, mas apesar de ele se envergonhar com seu jeito, ele admirava a forma que o povo da cidade falava. Fabiano apresentava ser uma pessoa simples, de pouco conhecimento, bruto, orgulhoso, bravo, mas com muitos sentimentos em relação aos filhos e as esposa. Essas características que Fabiano demonstrava, foram construídas no decorrer de sua vida (Sujeitos e grupos: Os sujeitos nunca estão isolados. A família é um dos principais grupos segundo Sartre, devido a sua função mediadora para os sujeitos concretos. O papel mediados da família na estruturação do projeto de ser do sujeito é fundamental). A família era muito pobre, passava por muitas dificuldades e na verdade não possuíam nenhuma casa própria para morar, no inicio da história fugiam da trágica seca do sertão nordestino. Mas Fabiano e Sinhá Vitória estavam sempre com esperança de um dia as coisas melhorarem e eles poderem levar uma vida melhor (desejo de ser: é o combustível da dinâmica psicológica.), inclusive o sonho de Sinhá Vitória era ter uma cama de lastro de couro, esse sonho dela era muito citado no livro (projeto: é uma busca do sujeito em realizar o seu desejo de ser, pois o homem está sempre indo em direção ao futuro. O projeto é realizado pelo desejo de ser.). Os dois meninos, (o menino mais novo e o menino mais velho, como eram citados no livro) estavam sendo criando naquela trágica situação(A relação com a materialidade que nos cerca: É a primeira condição de existência humana. Todos nascemos inseridos em uma dada sociedade, em um certo momento histórico, incluído em um certo conjunto de relações sociais, com determinadas culturas que nos remetem, necessariamente, ás condições matérias que estamos inseridos.), O menino mais novo parecia não ter nome e nenhuma forma comum de se comunicar, pois moravam distante de todos, o único grupo de contato era a família, e estes não conversavam muito( observa-se através da leitura do livro que a construção da personalidade dos meninos, eram “conseqüências” das relações, da influência do meio, da “materialidade e dos “sujeitos e grupos”, pois não havia estímulos para eles aprenderem, conversarem com palavras “ricas” e etc. ).A única aspiração do menino mais novo era ser como o pai Fabiano, ele ficava imaginando o dia em que poderia montar uma égua e guiar o gado, ao lado do pai, fazendo inveja para todos, até para o irmão mais velho (desejo de ser). O menino mais velho era muito apegado à cachorra baleia (cachorra que acompanhava a família), era sua melhor “amiga”. Quando surgia a curiosidade de compreender algumas coisas, ele questionava Sinhá Vitória, mas esta nunca lhe respondia apenas prometia dar-lhe uns cascudos se ele continuasse a fazer perguntas (tal acontecimento foi quando Sinhá Vitória reclamava da vida e pronunciava a palavra “inverno”, o menino queria saber o significado da palavra), com a negação da mãe ele se afastava e ia ficar com a cachorra, e conversar com ela (Relação eu/outro: o outro é o mediador indispensável entre mim e mim mesmo. Na relação com o outro superamos conflitos, compartilhamos projetos, dividimos situações, tomamos decisões conjuntas), claro que a relação entre os membros da família tinha um importante significado para cada um, mas notava-se muito um vinculo muito grande entre o menino mais velho e a cachorra, ela sempre lhe servia como refugio. Destacando então neste parágrafo a relação do menino com a família e com a cachorra.

No inicio do livro é citado que eles fogem da seca do sertão, e posteriormente encontram uma fazenda “abandonada”, onde então habitam nela. Com o passar do tempo, a vida na fazenda, devido à seca novamente, se torna muito difícil, e Fabiano juntamente com a família tem que deixá-la (fugir). Foram em direção ao Sul, novamente em busca de uma vida digna, justa e melhor. Sonhavam em encontrar uma cidade grande, cheia de pessoas fortes, e seus filhos irem para a escola. A esperança sempre os acompanhavam( desejo de ser).


Talita Silveira Barrin.


O Adolescente e o Uso de Drogas


É bastante notável que o uso das drogas e suas conseqüências envolvem adolescentes, do mesmo modo, o aumento de consumo entre jovens que vivem em famílias bem estruturadas financeiramente.

Pesquisas mostram que o consumo de drogas, tem se mantido constante (por volta de 25%), entre os estudantes do ensino primário e médio arrolados em dez capitais brasileiras. O uso freqüente é o primeiro passo para que as drogas exerçam os efeitos mais maléficos, associados aos múltiplos distúrbios no estilo de ser.

As pesquisas mostram ainda, que há um aumento no uso de maconha, cocaína e anti-colinérgicos, drogas fornecidas pelos traficantes e que implicam em maior aproximação com a marginalidade. Puderam apurar também que o uso de drogas começa mais cedo em meninos (10-11 anos) do que nas meninas (14-15 anos) e tende, nos dois sexos, a alcançar um pico entre 16-17 anos.

Os jornais diários, numa pesquisa feita entre 1994 e 1997, mostram que 247 adolescentes – entre 10 e 17 anos – foram assassinados em circunstâncias relacionadas às drogas (uso, tráfico, brigas entre gangues rivais). Estes números nos revelam que nesta faixa etária, o assassinato é a maior causa de morte. Ressaltam também que entre universitários, 85% dos consumidores abandonaram os estudos, 64% participam de roubos e furtos e 47% associam-se ao tráfico. Na Folha de São Paulo foi publicado em 1998 que o tráfico é o principal crime cometido por menores no Rio de Janeiro, segundo o Judiciário carioca.

No século XVI (16) não existia o costume de contar os anos vividos; a partir dos séculos XVI (16), XVII (17) e XVIII (18), as fases da vida de uma pessoa restringia-se a três: a infância, a juventude e a velhice. A juventude estendia-se dos 14 aos 35 anos. É apenas nas primeiras décadas do século XX, após a Primeira Guerra Mundial, que a noção de adolescência ganhou uma dimensão geral e comum.

S. Freud e, Birraux e Bittencourt frisam que o momento de reencontro do objeto sexual, com a possibilidade de levar o ato sexual ao final, ao lado do afastamento do núcleo familiar original são acontecimentos importantes e definitivos e que não são atravessados sem dilemas e conflitos. É neste sentido que o encontro com as drogas, durante a adolescência, torna-se um fenômeno particularmente danoso.

O fenômeno toxicomaníaco representa na adolescência o mesmo caráter das outras fases da vida: uma ação imprudente e mal calculada. Produz prejuízos na relação do sujeito com o prazer e na montagem operativa da lógica e da realidade.

Timothy Leary, professor de Psicologia Clínica, citado por Nogueira Filho, após experiências alucinógenas que se deram em uma viagem ao México, passou a organizar experimentos com o LSD, incluindo alunos nesta empreitada, no inicio dos anos 60. Daí em diante, as portas escancaradas, a escalada das drogas não deixou de exibir um padrão de consumo sempre crescente.

Talita Silveira Barrin.
karine Coelho Pereira.

domingo, 26 de outubro de 2008

Racismo


O presente texto sintetiza o assunto racismo. Será apresentado inicialmente o “conceito” de racismo, posteriormente será mencionado a influencia da sociedade sobre os pensamentos e atitudes dos indivíduos e após comentado sobre o surgimento do racismo em dois paises: Brasil e Japão. O texto será finalizado destacando o Brasil como um país com grande quantidade de misturas de raças, sendo um dos fatores que o torna mais bonito, alegre e divertido, e sobre a unicidade e a importância do ser humano independente da raça.

O racismo é um fenômeno universal e de grande complexidade, onde se tem a crença que existe raças superiores e inferiores, em tempos passados foi utilizada para justificar o domínio de determinados povos por outros. A base, mal definida, do racismo é o conceito de que exista uma raça pura onde as demais são inferiores.

Desde o “nascimento” do racismo (origem que é bastante controversa) a crença da existência de uma raça superior começou então a se expandir e ser transferida de geração em geração. Pelo fato de os indivíduos serem influenciados diretamente e indiretamente pelo meio em que estão inseridos, ou seja, pela sociedade, pode-se concluir que as pessoas não chegam ao racismo sozinhas, pois cada individuo é influenciando no decorrer de seu desenvolvimento a ter determinadas atitudes, pensamentos e crenças, tal influencia ocorre por diversos fatores de diversas formas, sendo através de palavras, gestos, atitudes, imitação, exemplos, enfim.

Pode-se dizer que no Brasil, o racismo começou a surgir a partir do período colonial, onde os portugueses trouxeram negros para serem escravos, inicialmente para trabalharem em canas de açúcar. No Japão ocorreu um pouco antes da segunda guerra mundial, quando o país atingiu um considerável desenvolvimento sócio-econômico, considerando-se a partir de então, superior aos demais países, e tratando com inferioridade os estrangeiros. Mas não foi somente nesses países que ocorreram e que apesar de ser de forma diferente, continua ocorrendo tal preconceito e discriminação, como havia mencionado anteriormente, o racismo é um fenômeno universal.

No Brasil, quase todos os grupos humanos atuais são produto de mestiçagens, e essas misturas de raças, tornam nosso país mais belo, mais divertido. A constante evolução da espécie humana e o caráter sempre provisório de tais grupos tornam ilusória acreditar em qualquer definição estável. O ser humano independente de diferenças biológicas e étnicas sempre estará evoluindo, será único, incomparável, insubstituível, pois cada um tem suas crenças, seus valores, cada um tem sua personalidade, e a capacidade de desenvolver seu potencial. Somos todos competentes, as diferenças das raças não diferencia esse potencial. E apesar das diferenças, nenhum ser humano é mais valioso que outro. O racismo deve ter um fim!Pois muitas pessoas sofrem com essa forma de preconceito. Enquanto o povo não adquirir realmente consciência da igualdade do ser humano, o racismo infelizmente continuará sendo transmitido de geração em geração!Isso deve ter um fim!É uma grande ignorância, falta de informação, de conhecimento, de bom senso, acreditar na superioridade de uns sobre outros.

Talita Silveira Barrin.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O PODER EM SUAS MÃO!

















Minha intenção ao desenvolver esse blog é criar e/ou ampliar a percepção das pessoas a respeito da PSICOLOGIA. Pois muitos desconhecem quais as funções dessa ciência, e inclusive da sua magnífica e extrema importância na aquisição de QUALIDADE DE VIDA.

A palavra PSICOLOGIA é a junção de duas palavras gregas: psiché e logos, significando estudo da mente.

O psicólogo tem como função maior, o auxílio na busca do equilíbrio entre a razão e a emoção, para que assim as atitudes tomadas pelos indivíduos sejam adequadas e que isto reflita no seu bem-estar, na serenidade e na paz.

Agradeço a você por visitar meu blog, se você leu uma frase eu já fico contente, pois sei o quanto a psicologia é importante e significativa, quero poder compartilha-lá! Se tiveres maior interesse por esta ciência, entre em meu orkut e deixe um recadinho.

http://www.orkut.com.br/Main#Home.aspx?hl=pt-BR&tab=w0

Abraço.

Quando surgiu a psicologia científica?

A psicologia moderna nasceu na Alemanha no final do século 19, em 1879,na universidade de Leipzig, com Wundt, Weber , Fechner, e o inglês Edward B. Tichner, e o americano William James, com a criação do primeiro laboratório de psicologia. A psicologia obteu seu status de ciência à medida que se “libertou” da Filosofia, e desta forma sob os novos padrões de produção de conhecimento, passou a : 1.definir seu objeto de estudo ( o comportamento, a vida psíquica, a personalidade); 2.delimitar seu campo de estudo, diferenciando-o de outras áreas de conhecimento, como a Filosofia e a Fisiologia; 3.formular métodos de estudo deste objeto; 4.formular teorias enquanto um corpo consistente de conhecimentos na área.

Suas teorias obedecem aos critérios básicos da metodologia científica, isto é, busca a neutralidade do conhecimento científico, onde os dados são passíveis de comprovação.
Embora a psicologia científica tenha nascido na Alemanha, é nos Estados Unidos que ela encontrou campo para um rápido crescimento.